Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó
"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)
"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)
"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
FRUTAS SECAS
FRUTAS SECAS
Toda vez que olho pela janela
Só vejo nuvens escuras no céu
Casas descoloridas
Paisagem cinza
As pontes estão partidas
Sobre o leito do rio
E a relva molhada está sem vida
Na solidão do vazio
As horas descrevem palavras lentas
Enquanto as folhas são sopradas pelo vento
Partindo presas ao mesmo lugar
A noite só ira cair depois que o sol
Se esconder atrás do morro verde oliva
Onde brotam frutas secas sem pomar
sábado, 24 de abril de 2010
AQUARELA
AQUARELA
Eu pinto sonhos que nem sempre têm asas
Sonhos vividos
Sonhos esquecidos
Sonhos que poderão viver na minha tela
Na minha triste aquarela
Minha tela pode estar pintada de vazio
Silêncio vazio
Cores incolores que mostram meu rosto
Tela vazia incolor que inspira minhas cores
Eu pinto meus temores na madrugada
Onde a tempestade é a verdadeira tela
Onde a solidão disfarçada
Invade o meu quarto pela janela
Eu pinto a solidão do meu corpo
Pinto as cores da minha voz nua
Pinto meus olhos perdidos no infinito
Minha tela é meu próprio grito
sábado, 17 de abril de 2010
MEU YESTERDAY
MEU YESTERDAY
(Poesia dedicada a minha amiga Sandra Carvalho)
Ontem eu era feliz
Ontem eu estava até sonhando
Sonhando de ser feliz
Sonhando que estava brincando
Ontem tentei alcançar as estrelas do mar
Mas eu não sei nadar
Não sei como ancorar
O meu coração na ilha que poderá me abrigar
Ontem tentei ouvir os sinais do meu céu
Mas as nuvens estavam cinzentas
E as chuvas logo molharam meu rosto
Ontem tentei te olhar nos olhos
Mas você estava distraída olhando seu futuro
E não percebeu
Que iria ficar sozinha
Assim como eu
Ontem até tentei acenar um adeus
Mas o nevoeiro escondeu meus braços
E fiquei acenando para ninguém
Nem você mesma olhou meu rosto
Ontem tentei ser feliz
Tentei dizer adeus
Ontem acabei chorando
Ontem acabei apenas imaginando
Que estava te amando
Ontem eu estava apenas sonhando
sábado, 10 de abril de 2010
4:10 DA MANHÃ
4:10 DA MANHÃ
Sei que não poderei impedir que meu mar fique seco
Que as ostras fiquem sem pérolas
Que meus olhos fiquem sem sonhos
Que eu me afogue em meu desânimo
Sei que depois da tormenta
Virá o desencanto
Não haverá mais a rosa
Não haverá um novo canto
Sei que tudo findará
A estrela que brilha no céu apagará
As lembranças ficarão
Só não sei terei mais um coração
Sei que o arpoador fica logo ali
Mas como ir passear se não poderei sorrir
Meu sorriso voará para longe
Para a terra sem sonho perto ou distante
Ficarei sem rumo
Ficarei sem um olhar
Ficarei sem meu mar
Ficarei sem vida para poder amar
SELO DA TAMIRES
segunda-feira, 5 de abril de 2010
MINHA NOITE NÃO SERÁ MARAVILHOSA
MINHA NOITE NÃO SERÁ MARAVILHOSA
Minha noite não será mais maravilhosa
Já não tenho razão para me sentir feliz
Já não tenho sombras no caminho
O sol sufocante é minha trilha de espinhos
Minha noite não tem flores
Só sombras que escurecem a escada
E assim não chego aonde quero chegar
Não tenho em que acreditar
Minha noite só tem vultos
Dos dias que ficaram esquecidos nos anos
Ficaram nas noites que foram felizes
Ficaram fincados como raízes
Minha noite não tem sorrisos
Só lembranças que passam como querem
Só ternuras passadas
Que agora me ferem
Minha noite não será mais maravilhosa
Não tenho ponte para atravessar as águas revoltas
Não tenho mais sorte
Não tenho luz no fim do túnel
Já não procuro minha esperança
Já esqueci meu corpo na estrada
Sou ninguém que virou nada
Minha noite não tem mais jardim
Sou feito de sombras
Praia que não tem ondas
Minha noite nunca mais será maravilhosa
Fiquei pedido entre meus espinhos
Nunca mais acharei meu caminho
sexta-feira, 2 de abril de 2010
ÂMAGO
ÂMAGO
O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Devo crer para que possa sorrir, mas não consigo
Minha fé é pequena, porém vejo tua grandeza
Sinto-me perdido, ajuda-me, preciso de um amigo
O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Mas eu não encontro O caminho, me sinto sozinho
Há tantas portas abertas e não sei qual é a certa
Dai- me sua mão, mostra-me o verdadeiro caminho
O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Ainda me sinto preso, ainda não vejo a Luz
Daí- sua paz, me ensina o valor da cruz
Sim, Tu és o meu Pastor e eu mal O conheço
Aproxima-me de Ti, revelas a mim a Tua presença
Quero provar de tua vida, ainda que não mereça
Meu Pastor, muda meu nome e não serei criatura
Quero seguir-te e ser à tua semelhança fiel
Quero ser chamado de filho e poder morar no céu
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